Ministra fala sobre casos positivos de covid-19 na maternidade Alfredo da Costa

Na conferência da DGS, Marta Temido explicou que se tratava de “dois enfermeiros e três assistentes operacionais com uma ligação entre si”.

Durante a habitual conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde, a ministra da Saúde confirmou a existência de cinco casos de covid-19 detetados na maternidade Alfredo da Costa. Marta Temido adiantou que se trata de “dois enfermeiros e três assistentes operacionais com uma ligação entre si”.

De acordo com o Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), estão a ser cumpridos todos os protocolos e os contactos de risco destes funcionários já deram negativo aos testes de despistagem da covid-19, tendo sido, porém, colocados em isolamento. Não há, segundo o CHLC, serviços afetados e o funcionamento da instituição continua a funcionar em pleno.

Marta Temido revelou ainda que existem 177 surtos ativos no país, entre os quais 86 na região Norte, nove no Centro, 61 em Lisboa e Vale do Tejo, nove no Alentejo e 12 no Algarve.

“A situação com o número mais significativo de surtos corresponde à região onde temos tido também mais novos casos ao longo dos últimos dias, a região Norte, onde incide também a nossa maior atenção”, afirmou a responsável, durante a conferência.

Seis meses depois de os primeiros casos de covid-19 em Portugal terem sido detetados, no Porto, Marta Temido deu conta de alguns dados como, por exemplo, do índice de transmissibilidade (RT), que tem registado uma “tendência ligeiramente crescente”.

Fazendo um balanço dos últimos seis meses, Marta Temido afirmou que o SNS e os “seus profissionais e toda a rede de serviços e de setores com os quais o SNS colabora, garantiram a resposta às necessidades assistenciais de todos os residentes em Portugal, fossem eles portugueses ou cidadãos em situação de requerentes de asilo”.

A ministra deixou ainda o alerta para um contexto “complexo, que começa a ser evidente”. “Temos o regresso às aulas para preparar, a gripe sazonal, a sua época normal, o acréscimo de mortalidade nos meses de inverno, sobretudo nos mais idosos, a necessidade de garantir outras respostas em saúde e a dificuldade económica e social de voltar a enfrentar medidas tipo as que tivemos na primeira fase da pandemia", afirmou, lembrando que a melhor resposta é a prevenção.