Nova polémica nos EUA com polícia a matar homem negro com 20 tiros nas costas

George Floyd foi morto por um polícia em maio e em agosto passado Jacob Blake foi atingido a tiro pela polícia, tendo ficado paralisado.

Um afro-americano morreu depois de ter sido baleado pelas costas mais de 20 vezes pela polícia norte-americana, esta segunda-feira à tarde, no Bairro de Westmont em Los Angeles.

Dijon Kizzee, de 29 anos, estava a andar de bicicleta quando a polícia o mandar por alegadamente ter violado uma regra do código da estrada.

É a partir daqui que as versões do Departamento da Polícia de Los Angeles e do advogado da família de Kizzee diferem.

O porta-voz da esquadra local, Brandon Dean, alega que o homem, após ordem de paragem, saiu da bicicleta e fugiu, pelo que os agentes deram início a uma perseguição. O responsável referiu ainda que os disparos foram feitos depois de Dijon Kizzee ter atirado uma arma semiautomática, embrulhada num pano, para o chão e de ter dado um murro num dos polícias.

Sobre a violação do código da estrada que o homem não terá respeitado, Brandon Dean disse não saber em concreto de qual se tratava, nem quantos disparos tinham sido feitos, admitindo, no entanto, terem sido pelo menos vinte.

Por outro lado, Benjamin Crump, o advogado da família de Dijon Kizzee e que também representa as famílias de George Floyd e de Jacob Blake, alegou que a situação não decorreu dessa forma. "Eles dizem que ele fugiu, deixou cair um pano e tinha uma arma. Não pegou nela mas os polícias balearam-no mais de 20 vezes pelas costas e depois abandonaram-no durante horas", escreveu no twitter.

Na sequência de mais uma morte de um homem negro às mãos das autoridades têm surgido vários protestos em Los Angeles contra a violência policial.

George Floyd foi morto por um polícia em maio e em agosto passado Jacob Blake foi atingido a tiro pela polícia, tendo ficado paralisado.