Talvez seja dos genes dos latinos, talvez seja só dos lusitanos, certo é que não existem ‘talvezes’ no que à imaginação dos portugueses diz respeito. Veja-se o que se passou ontem no Seixal, às portas da Festa do Avante!, onde falsos funcionários camarários andaram a ‘fiscalizar’ os poucos espaços comerciais que abriram fora do recinto da Quinta da Atalaia. Os falsos funcionários procuravam certificar-se das condições sanitárias dos estabelecimentos, além de outras questões burocráticas. Já diz o ditado que de ‘pequenino é que se torce o pepino’ e os charlatões que se dedicam aos pequenos delitos se pudessem seguramente que se dedicavam a maiores.
Talvez seja por isso que um dos grandes problemas deste país seja a corrupção. Em todos os setores se encontram pessoas que procuram de forma ilícita ter uma vida melhor. Sejam os falsos funcionários camarários ou das empresas de telecomunicações e energéticas, banqueiros, advogados ou juízes, entre tantas profissões, só para citar as que têm estado debaixo de fogo judiciários nos últimos tempos.
E é aqui que entra a escola e a polémica da disciplina Educação para a Cidadania e Desenvolvimento que não tem qualquer referência à corrupção, à fuga aos impostos, etc. Segundo o site da Direção-Geral da Educação, a disciplina versa sobre «os direitos humanos; educação ambiental/desenvolvimento sustentável; educação rodoviária; educação financeira; educação do consumidor; educação para o empreendedorismo; educação para a igualdade de género; educação intercultural; educação para o desenvolvimento; educação para a defesa e a segurança/educação para a paz; voluntariado; educação para os media; dimensão europeia da educação; educação para a saúde e a sexualidade».
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