TAP. Reestruturação não deve apostar numa “TAPzinha lowcost”

Alerta é da Comissão de Trabalhadores da TAP que defende que o plano de reestruturação, assessorado pelo Boston Consulting Group, deve apostar no desenvolvimento.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da TAP está preocupada com a reestruturação da empresa e defende que a mesma – qu será assessorada pelo Boston Consulting Group (BCG) – deve apostar no desenvolvimento do negócio e não numa “TAPzinha lowcost”. “Ainda temos muito presente o famigerado projecto RISE, feito pela mesma consultora a pedido do Sr. Neeleman, e do qual o conhecimento que tivemos não foi por vias oficiais, mais era um projeto que em nada servia os interesses da TAP, mas sim interesses a ela alheios, preconizando uma Tapzinha lowcost ao serviço de terceiros”, diz a Comissão de Trabalhadores.

A CT reuniu com a BCG no final da semana passada para discutir o projeto de reestruturação da companhia aérea e explica que a consultora garantiu que o objetivo “é demonstrar a viabilidade da empresa”, garantindo que se terá “a melhor TAPpossível”.

No entanto, o projeto de 2016 ainda está presente na memória dos trabalhadores: “Esperamos que a história não se repita e que, efetivamente, este seja um projeto que tenha no seu horizonte a viabilidade e desenvolvimento do negócio da TAP em todas as suas vertentes por forma a que a empresa continue a ser um garante da soberania, coesão e economia nacionais. Garante do futuro de todos os que nela trabalham”, dizem os trabalhadores.

A CT diz não concordar com despedimentos e garante ter deixado isso claro na reunião que teve com a consultora. “Se necessidade houver de redução de trabalhadores, então que se opte como já tem acontecido no passado por reformas antecipadas, pré-reformas e rescisões amigáveis, no entanto alertámos que uma vez que se pretende a retoma da operação, então temos que manter todos os trabalhadores na esfera da empresa pois todos serão necessários”, defende a representante dos trabalhadores.