Reestruturação que ponha em causa hub de Lisboa “ditará o fim” da TAP

Alerta parte de um grupo de sete sindicatos representativos dos trabalhadores da companhia aérea.

Uma reestruturação da TAP que ponha em causa hub de Lisboa “ditará o fim” da companhia. O alerta é dado por sete sindicatos representativos dos trabalhadores da companhia aérea – Sindicato dos Economistas (SE), Sindicato dos Engenheiros (SERS), Sindicato dos Contabilistas (SICONT), Sindicato das Indústrias Metalúrgica e Afins (SIMA), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC) e Sindicato dos Técnicos de ‘Handling’ de Aeroportos (STHA) – que insistem ainda na defesa dos postos de trabalho.

“Qualquer Plano de Reestruturação que coloque em risco esta condição (‘hub’ médio curso — longo curso — médio curso), ditará o fim do grupo TAP, com tudo o que lhe é direta e indiretamente imputável, isto é, maior exportador nacional (bens não transacionáveis), um dos maiores empregadores, um dos maiores contribuintes líquido de impostos (resultante não só do fator trabalho (IRS/TSU) mas também da sua atividade (IVA/IRC), principal impulsionador do nosso turismo, entre outros”, lê-se no comunicado do grupo que esteve reunido com o Conselho de Administração da TAP e representantes do Boston Consulting Group (BCG), consultora escolhida pela transportadora para assessorar o plano de reestruturação.

Esta não é, aliás, a primeira vez que a reestruturação da TAP é abordada por sindicatos e representantes dos trabalhadores. Recorde-se que esta segunda-feira a Comissão de Trabalhadores (CT) da TAP disse estar preocupada com a reestruturação da empresa e defende que a mesma deve apostar no desenvolvimento do negócio e não numa “TAPzinha lowcost”.

Também a CT se mostrou preocupada com possíveis despedimentos. “Se necessidade houver de redução de trabalhadores, então que se opte como já tem acontecido no passado por reformas antecipadas, pré-reformas e rescisões amigáveis, no entanto alertámos que uma vez que se pretende a retoma da operação, então temos que manter todos os trabalhadores na esfera da empresa pois todos serão necessários”, defende a representante dos trabalhadores.