Como resistir a votar Chega?

O tempo não deixa regressar o fascismo como o conhecemos. Mesmo com a extrema-esquerda a chamar por ele há mais de cinquenta anos… Cinquenta anos a gritar «fascismo!», a condicionar a liberdade, a bloquear o desenvolvimento e o progresso do país em todos os setores, do trabalho à escola, a exigir a delapidação irresponsável dos…

1.«Caminhamos sonâmbulos em cima de um vulcão prestes a entrar em erupção», que a crise brutal que aí vem catalisa. 
Que forças e líderes venceram o extremismo que, a seguir à queda da ditadura, quis impor outra, mais terrível?
À cabeça, como sabemos, o Partido Socialista e Mário Soares. 
Se hoje o PS enfraquecer a frente de resistência aos inimigos da liberdade, se continuar a alimentar como a tartaruga a ilusão de que o escorpião a deixará chegar à outra margem, colocará a democracia e o destino do país no fio da navalha, tornando-se irrelevante. 

2.O tempo não deixa regressar o fascismo como o conhecemos. Mesmo com a extrema-esquerda a chamar por ele há mais de cinquenta anos… Cinquenta anos a gritar «fascismo!», a condicionar a liberdade, a bloquear o desenvolvimento e o progresso do país em todos os setores, do trabalho à escola, a exigir a delapidação irresponsável dos recursos, a obrigar os portugueses à humilhação da mão estendida. Gritam pelo ‘fascismo’ porque sempre se alimentaram dele. 

3.Impõem as suas novas causas – que as antigas foram levadas pelo progresso das sociedades liberais – com a cumplicidade ou a passividade pusilânime de uma esquerda ignorante, mas também com a aceitação bacoca de largas franjas do centro e da direita envergonhada. Tudo parece contaminado por esse obscurantismo infeccioso. 
Anti-ciência, atomização delirante de tribos identitárias, a extrema-esquerda impõe as suas teses tirânicas e o seu calendário em roda livre. Intimida nas universidades, instalou-se na educação, preparando as presas. 
Faz aprovar contra a maioria silenciosa dos portugueses patetices como o casamento homossexual. Impõe uma ridícula e empobrecedora igualdade de género que a evidência desmente e a ciência cada vez mais negará. Corrói e mata a família, berço de humanidade, impondo um mundo de solidão e angústia. Forma servos nas faculdades ditas de Humanidades. Penetra e perverte a comunicação social nascida livre e de referência, que lhe dá voz e ressonância. 

4.E quais são os seus aliados hoje? O fanatismo islâmico, que assombra o mundo; o ‘antirracismo’ racista, que invade e coloniza as sociedades livres. 
Como reagir quando um português negro é humilhado por não se submeter à cegueira e ao ódio? Quando as forças de segurança da democracia são atingidas no seu todo com opróbrios intoleráveis? Como impedir que nos roubem a identidade? Que nos roubem o passado no bem e no mal, que importa conhecer para enfrentar?
Que fazer quando se escondem imperdoável mente aqueles que, em primeiro lugar, deviam apagar as chamas que ameaçam devastar o país?

5.Que partido e que líder deverá escolher um cidadão intransigente nos valores universalistas, na defesa da democracia e do Estado de Direito, defensor radical da igualdade de direitos de homens e mulheres, agredido na sua consciência e liberdades sem que o Governo da democracia o proteja? 
«Como resistir ao impulso de votar Chega?», perguntava-me um amigo que esteve sempre com o Partido Socialista.