“Acordámos com a má notícia da suspensão dos testes da vacina”

Costa comentou a suspensão dos ensaios clínicos da vacina da AstraZeneca contra a covid-19. 

O primeiro-ministro, António Costa, reagiu, esta quarta-feira, à suspensão dos testes da potencial vacina contra o coronavírus de Oxford e da AstraZeneca. 

"Ninguém sabe quando é que termina a pandemia. Sabemos que até haver uma vacina ela não desaparecerá. A semana passada havia um grande otimismo de que o processo de avanço das vacinas estava rápido. Hoje acordámos com a má notícia da suspensão dos testes de pelo menos uma vacina", começou por dizer Costa em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à Bienal de Arte Têxtil, em Vila Flor, Guimarães.

“É um fator de incerteza e essa incerteza tem de ser incorporada no nosso processo de decisão. Mas também temos de incorporar na nossa força e na nossa determinação para poder agir", acrescentou.

“Sabendo que vamos ter de viver com o vírus há uma coisa que sabemos que é fundamental: que não podemos perder a vida com o vírus e isso implica uma enorme disciplina de todos nós”, disse, alertando para a importância de continuar a cumprir as regras para evitar a propagação da covid-19.

Face à visita à feira de têxtil, o primeiro-ministro aproveitou para relembrar que a pandemia também trouxe grandes desafios a nível económico e social, destacando assim que o "desafio é controlar a pandemia e recuperar o país".

Costa destacou que iniciativas como a Bienal mostram que "é difícil, mas possível" e referiu que as indústrias vão ser os "motores da recuperação económica" do país.

Recorde-se que a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford suspenderam os testes a uma potencial vacina contra a covid-19, depois de uma reação adversa num dos voluntários dos ensaios clínicos. A Comissão Europeia anunciou, na semana passada, a compra de 300 milhões de doses desta vacina, cujo ensaio está agora suspenso.