Costa. Têxtil, calçado e alimentar são os “motores” de recuperação

Para o primeiro-ministro, a recuperação económica do país passa pela aplicação do plano elaborado por António Costa e Silva. 

O têxtil, o calçado e o setor alimentar foram apontados por António Costa como os “motores” da recuperação do país, que terá de ser alcançada através da “reindustrialização”. De acordo com o primeiro-ministro, este é o “desafio” que o país tem pela frente, afirmando que não é possível imaginar uma reindustrialização do país que “prescinda da indústria” que Portugal já tem.

Segundo o chefe do Governo, a reconstrução do país não é voltar ao ponto em que o país estava antes da crise da covid-19, mas “chegar ao ponto” em que estaria se não tivesse havido pandemia. “O desafio que temos pela frente é um desafio em que temos que controlar a pandemia, mas temos que ser capazes de recuperar o país. Esse é um desafio absolutamente fundamental que temos para o nosso futuro”, apontou António Costa.

A recuperação do país, referiu o primeiro-ministro, passa pela aplicação do plano elaborado por António Costa e Silva: “Convidámos uma personalidade estranha à atividade política para poder pensar em liberdade o que é que deve ser a visão estratégica do esforço de recuperação que o país tem que fazer neste contexto de pandemia e pós pandemia”. E lembrou que “um dos desígnios que propôs foi precisamente o da reindustrialização do país. Reindustrialização significa seguramente podermos fazer industria nova em novos setores. A abertura de uma escola na Universidade do Minho na área do aeroespacial é seguramente um investimento para o futuro. Mas a indústria nova não prescinde da indústria que sempre tivemos, que ao longo dos séculos fez de nós aquilo que nós somos.

Entre as indústrias que Portugal já tem, Costa apontou três como pilares na recuperação do país: “O calçado, o têxtil, o alimentar são indústrias fundamentais e com as quais contamos para o futuro, eu diria mesmo, vão ter que ser os motores da recuperação económica do pais”.

Lembrando que a pandemia ainda não passou e que “ninguém sabe” quando isso acontecerá, o primeiro-ministro afirmou que Portugal terá que saber viver com o vírus e que uma coisa é “fundamental” mas que é preciso fazer mais e não parar.

E foi mais longe: “Não podemos deixar cair os braços e desistir. Este é o momento de arregaçarmos as mangas e fazer aquilo que sempre fizemos, contra ventos e marés”.