Altice promete levar fibra ótica a mais 500 freguesias e antecipa metas

Alexandre Fonseca diz que OPA lançada por Patrick Drahi sobre grupo Altice é “sinal de confiança”.

O administrador da Altice Portugal para a área tecnológica (CTO), Luís Alveirinho, garantiu que ainda no segundo semestre serão anunciadas “mais 500 freguesias cobertas com fibra ótica” da dona da Meo. “Em abril de 2019 anunciámos as primeiras 10 freguesias cobertas a 100%”, em setembro do ano passado “anunciámos as primeiras 100 freguesias e hoje estamos aqui em condições de poder dizer que ainda durante este segundo semestre vamos anunciar mais 500 freguesias” totalmente cobertas com fibra ótica da Altice Portugal.

A Altice Portugal antecipou, no segundo trimestre, a meta de 5,3 milhões de lares e empresas com fibra ótica de última geração, um objetivo que tinha sido traçado para 2020 há cinco anos.

“A conquista deste marco surge no âmbito do projeto de expansão da fibra ótica da Altice Portugal, que previa a disponibilização deste serviço em 5,3 milhões de casas até ao final de 2020 e que foi largamente antecipado”, refere a dona da Meo.

“São agora mais de 4,5 milhões de quilómetros de fibra ótica – o equivalente a dar 112 voltas à Terra – que integram a maior e mais moderna rede do país e que permitem ligar milhões de portugueses em 308 concelhos e 27 mil lugares”, salienta a Altice Portugal, em comunicado.
Uma meta que, de acordo com o responsável, não foi posta em causa apesar da pandemia e das limitações impostas pela covid-19.

E o CEO da operadora deu como exemplo o projeto que está a ser levado a cabo “ao maciço central da Serra da Estrela, ao Vimioso ou à ilha de Porto Santo”, lembrando que, alguns locais serão menos atrativos do ponto de vista comercial por terem reduzidas taxas populacionais ou acessos mais dificultados.

OPA é “sinal de confiança”

O presidente executivo da Altice Portugal, afirmou que a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo fundador do grupo à Altice Europe é um “sinal de confiança” na empresa e nas equipas de gestão.

Em causa está a operação, anunciada na semana passada, lançada por Patrick Drahi, fundador do grupo Altice, de 2,5 mil milhões de euros para tirar a Altice Europe. De acordo com Alexandre Fonseca trata-se de um movimento “natural” e “positivo”, referindo que é “voltar àquilo que são as bases e aquilo que é o ADN do grupo Altice”.

E foi mais longe: “É sempre positivo ver quando um acionista coloca ‘em cima da mesa’ 2,5 mil milhões de euros numa empresa, é um sinal de confiança na empresa, de confiança nas equipas de gestão. Eu acredito que temas como a flexibilidade, a capacidade de gestão, acesso ao financiamento, tudo isso serão com certeza facilitados”.