“Não silenciemos o populismo ou o extremismo, ou as atrocidades que se vão ouvindo por aí por alguns partidos”

Ana Catarina Mendes apelou ao combate aos “populismos” de extrema-direita”, referindo-se ao deputado único do Chega, André Ventura, apesar de nunca referir o nome do mesmo. 

“Não silenciemos o populismo ou o extremismo, ou as atrocidades que se vão ouvindo por aí por alguns partidos”

A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, encerrou, esta terça-feira, a “jornada de trabalho” do Grupo Parlamentar do PS, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, onde apelou ao combate aos "populismos" de extrema-direita", referindo-se ao deputado único do Chega, André Ventura, apesar de nunca referir o nome do mesmo. 

“Não silenciemos o populismo ou o extremismo, ou as atrocidades que se vão ouvindo por aí por alguns partidos, designadamente contra as mulheres. O PS não se pode calar, não deve calar-se”, defendeu.

Ana Catarina Mendes falou ainda sobre os tempos atuais, que, segundo a mesma, “não estão para brincadeiras ou para aventureirismos”. “O Grupo Parlamentar do PS tem de perguntar qual é o posicionamento [destas forças políticas] num momento em que optamos que por mudanças que vão alterar a vida das pessoas, num momento em que queremos continuar a valorizar os salários dos trabalhadores, com mais medidas de justiça social e mais proteção social e em que queremos dar mais um impulso ao investimento público”, questionou.

“Este é o momento em que todos somos convocados para uma emergência de uma crise que não provocámos pela nossa ação governativa, mas que foi provocada por um inimigo invisível. Importa saber de que lado estarão os parceiros à esquerda. Esperemos que estejam com o caminho que trilhámos nos últimos cinco anos”, reforçou.

Mais uma vez, sem referir nomes, Ana Catarina Mendes, disse que o PS não pretende uma luta ou uma batalha contra as "ordens profissionais" mas defende que esta  tem de regular a sua profissão. Não pode ser um sindicato disfarçado, nem tão pouco pode ser uma arma de arremesso política contra qualquer governo, seja ele qual for“, disse.

Sem nunca referir nem a polémica que Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros, protagonizou este fim de semana quando marcou presença na convenção nacional do Chega, em Évora, para “dar um beijo ao amigo André Ventura”, nem tão pouco referir o braço de ferro que marcou os últimos tempos entre o bastonário da Ordem dos Médicos e o próprio primeiro-ministro, António Costa.

“O Grupo Parlamentar do PS não quer uma luta ou uma batalha contra as ordens profissionais, mas entende que uma ordem profissional tem de regular a sua profissão. Não pode ser um sindicato disfarçado, nem tão pouco pode ser uma arma de arremesso política contra qualquer governo, seja ele qual for“, disse, reforçando a ideia de que as ordens deveriam ser mais abertas e deixar de "colocar barreiras" nos acessos às profissões, referindo-se assim a um projeto legislativo que vai ser discutido no Parlamento com o intuito de facilitar o acesso ao mercado de trabalho, como facilitar o reconhecimento em Portugal de cursos tirados no estrangeiro.