Após batalha de sete anos, filha ilegítima de Alberto II recebe título de princesa

Apesar de o título “não substituir o amor de um pai, oferece um sentido de justiça”, a artista está “satisfeita” com a decisão do tribunal, disse o advogado da artista, Marc Uyttendaele.

A artista Delphine Boël, nascida de uma relação extraconjugal do rei da Bélgica entre 1993 e 2013, Alberto II, foi oficialmente designada princesa, após uma decisão do tribunal de Bruxelas, esta quinta-feira, sete após esta ter iniciado o processo de reconhecimento de paternidade. 

Em 1999, com a publicação de uma biografia não autorizada da rainha Paola, a existência da filha ilegítima do rei tornou-se pública. Em 2005, a artista identificou-se como a filha do rei referida na biografia.

Em maio de 2019, Alberto II, o Tribunal de Recurso em Bruxelas ordenou ao antigo monarca, de 86 anos, que fizesse um teste de ADN. Depois de ter passado o prazo para submissão da amostra de ADN, a Justiça belga ordenou que por cada dia que este negasse submeter-se ao teste deveria pagar 5 mil euros diários.

Apesar de o título "não substituir o amor de um pai, oferece um sentido de justiça", a artista está "satisfeita" com a decisão do tribunal, disse o advogado da artista, Marc Uyttendaele, em declarações à Presse-France. Segundo declarações do mesmo, Delphine Boël está feliz por ser tratada "em pé de igualdade com os seus irmãos e irmãs" e por este "longo e doloroso processo" ter chegado ao fim.

Além de Dephine, também os seus filhos, Josefina e Oscar, se tornam princesa e príncipe dos Belgas e serão designados como"Sua Alteza Real".