Covid-19. Renegociados 3,2 milhões contratos de seguros até agosto

Em comunicado, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) fez esta quarta-feira um novo balanço da aplicação das moratórias dos seguros nos ramos “não vida”, com base na informação das empresas entre 13 de maio e 31 de agosto.

O regulador dos seguros anunciou esta quarta-feira que 3,2 milhões de contratos de seguros tiveram, até final de agosto, um regime mais favorável no pagamento dos prémios, dos quais 1,2 milhões referentes a seguros automóvel.

Em comunicado, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) fez um novo balanço da aplicação das moratórias dos seguros nos ramos “não vida”, com base na informação das empresas entre 13 de maio e 31 de agosto.

Segundo a informação, em cerca de 3,2 milhões de contratos houve a aplicação de um regime mais favorável ao tomador do seguro no pagamento dos prémios, a maior parte dos quais referentes a seguros automóvel (1,2 milhões) e “outros” (860 mil).

Houve ainda quase quatro milhões de apólices em que a validade das coberturas obrigatórias foi prolongada em 60 dias. Dessas, a maioria também é referente a seguros automóvel (2,3 milhões), havendo 1,3 milhões relacionadas com a cobertura de incêndio e outros danos.

Já os prémios foram reduzidos em cerca de 390 mil contratos, tendo acontecido em seguros que "cobrem atividades que se encontravam suspensas ou que sofreram uma redução substancial ou cujos estabelecimentos estavam encerrados devido às medidas excecionais e temporárias adotadas em resposta à pandemia da doença covid-19", informou a ASF.

Ainda nestas atividades em que a crise da covid-19 implicou redução da atividade, mais de 2400 apólices foram "objeto de aplicação de um regime de fracionamento do prémio sem custos adicionais para o cliente tomador de seguro".

As designadas moratórias dos seguros – que permitem flexibilizar o pagamento dos prémios, mas preveem a diminuição dos prémios nas entidades em que haja redução da cobertura dos seguros devido à covid-19 – estavam inicialmente previstas até 30 de setembro deste ano e foram prolongadas até final de março de 2021.