Maior pressão nos hospitais de Lisboa e Porto

Em Lisboa, o Hospital de Loures é o que tem mais dificuldades. 

A semana terminou com os hospitais de Lisboa e do Porto a sentirem maior pressão nos internamentos e maior procura das urgências. Em Lisboa, o Hospital de Loures é o que tem mais dificuldades. Ontem o presidente da Administração de Lisboa e Vale do Tejo garantiu que há capacidade e que a coordenação de vagas será reforçada na próxima semana, com apoio de epidemiologistas. Atualmente estão ocupadas 383 das 503 camas de enfermaria previstas para doentes com covid-19 na região. Poderão ser ativadas até 917 sem afetar as cirurgias programadas, explicou Luís Pisco. A ministra da Saúde sublinhou também que, apesar da pressão sobre o SNS suscitar preocupação, existe capacidade de resposta e houve um reforço da medicina intensiva, com «mais 713 ventiladores distribuídos pelos hospitais do SNS». 

A situação dos doentes internados por motivos sociais quando já podiam ter alta clínica está também a suscitar preocupação. Nos hospitais do Porto sente-se agora um maior afluxo à urgência e pressão no internamento de doentes com covid-19, que incluem idosos que não são recebidos de volta nos lares. Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, salienta que em maio a APAH já tinha concluído que um quinto dos doentes com covid-19 já podiam ter tido alta clínica mas permaneciam internados por não terem resposta familiar, em lar ou cuidados continuados. «A esta altura já devia haver uma resposta articulada e serem conhecidas as estruturas de contingência para poder transferir estes doentes», sublinha.