Eleições nos Açores. Todos querem retirar maioria absoluta ao PS

Campanha oficial arrancou este domingo com as restrições impostas pela pandemia.

A campanha oficial para as eleições regionais nos Açores, previstas para dia 25, arrancou este domingo. Os socialistas, que governam a região há 24 anos, querem reeleger Vasco Cordeiro para um terceiro e último mandato. O PSD aposta em “mudar o estilo de governação” ou, pelo menos, em retirar a maioria absoluta ao PS.

Vasco Cordeiro começou a campanha com uma visita ao porto do Topo, em São Jorge, para mostrar que “a coesão não se faz de palavras, a coesão faz-se da criação de condições concretas que podem ajudar a induzir o desenvolvimento económico, a criação de riqueza, a criação de emprego e a fixação de populações”.

O presidente do governo regional e recandidato garantiu que quer cumprir mais um mandato para melhorar a vida dos açorianos. “Preocupa-me, sobretudo, os Açores e não o estado de espírito dos partidos da oposição. Há partidos que estão nesta campanha por causa do PS. O PS está nesta campanha por causa dos Açores”, disse.

O PSD arrancou a campanha oficial em Rabo de Peixe, concelho da Ribeira Grande, com a garantia de que está nesta corrida para vencer. “O voto útil para uma alternativa de governo é no PSD, porque o PSD obviamente quer ser governo, quer ganhar as eleições e quer mudar o estilo de governação nos Açores para resolver os problemas sociais e potenciar a criação de riqueza”, afirmou José Manuel Bolieiro.

O candidato distribuiu canetas e gel desinfetante pelas ruas da vila e prometeu estar “ao lado do povo” com uma postura “humilde”. A missão do PSD não é fácil e Rui Rio já admitiu, numa visita à região, que retirar a maioria absoluta ao PS será “meia vitória”.

O Bloco de Esquerda iniciou a campanha com críticas aos socialistas. António Lima, num encontro realizado em Ponta Delgada, afirmou que a governação do PS aprofundou as desigualdades e a pobreza. “Os Açores precisam de sair do sufoco deste polvo que é a maioria absoluta do PS”, acrescentou.

O PCP também aposta em retirar a maioria absoluta ao PS. Jerónimo de Sousa, que esteve na apresentação do programa eleitoral, em Ponta Delgada, defendeu que “quantos mais deputados a CDU eleger mais longe ficará a ambição do PS de ter maioria absoluta”.

As estas eleições concorrem 15 partidos e uma coligação que junta o PCP e o PEV. A Iniciativa Liberal e o Chega entram na corrida pela primeira vez. A pandemia obrigou os partidos a repensarem as campanhas eleitorais com menos ações na rua de grandes dimensões e maior aposta nas plataformas digitais.