Nuno Gonçalves e Almada juntos nas Janelas Verdes

Museu Nacional de Arte Antiga dedica exposição aos estudos de Almada sobre Painéis. Há uma obra inédita para conhecer.

Até 10 de janeiro do próximo ano está patente no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, a  exposição Almada Negreiros e os Painéis. Um retábulo imaginado para o Mosteiro da Batalha.

Associada ao restauro em curso dos dos Painéis de Nuno Gonçalves, e coincidindo com os 50 anos da morte de Almada (1893-1970), a exposição explora a longa relação do artista com esta pintura do século XV, que estudou exaustivamente e que lhe serviu de ponto de partida para numerosas composições geométricas. Foi, aliás, a sua análise da perspetiva no chão das tábuas que levou à atual disposição dos painéis.

«A ideia que Almada desenvolveu nos últimos estudos, já da década de 50, era a de que toda a obra atribuída a Nuno Gonçalves provinha de um único retábulo formado por 15 painéis que teria sido projetado para a Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha. Publicou então, em algumas entrevistas, uma série de imagens a ilustrar essa hipótese, incluindo desenhos, fotografias e fotomontagens», explica a nota de imprensa divulgada pelo museu lisboeta.

Um dos pontos altos da exposição é uma obra de grandes dimensões que se encontrava há décadas armazenada no ateliê do artista em Bicesse, concelho de Cascais, e que foi batizada Estudo em fio dos painéis de S. Vicente.