EUA. Quase 70 anos depois uma mulher vai voltar a ser executada pelo governo

Lisa Montgomery receberá uma injeção letal.

A última mulher a ser executada numa prisão federal dos EUA foi Bonny Brown Heady. A pena de morte foi-lhe aplicada em dezembro de 1953 por ter sequestrado e assassinado uma criança de seis anos, herdeira de um magnata do setor automóvel. Exatamente volvidos 67 anos, Lisa Montgomery – que estrangulou uma mulher do estado norte-americano do Missouri, em 2004, que à época estava grávida de oito meses, cortando-lhe a barriga e raptando o bebé – receberá uma injeção letal. 

Ainda que, durante muitos anos, os advogados de defesa da condenada tenham afirmado que a mesma se tornou psicótica depois de ter sofrido "lesões cerebrais quando foi vítima de violência doméstica, em criança", como se pode ler no site do jornal britânico The Guardian, de acordo com informação veiculada pela CNN, o Departamento de Justiça norte-americano já agendou a execução de Montgomery. Acontecerá no próximo dia 8 de dezembro.

A criminosa de 52 anos encontra-se a cumprir pena na penitenciária de Terre Haute, no estado do Indiana, local onde também está encarcerado Brandon Bernard. O homem, de 40 anos, que matou dois jovens sacerdotes no Texas, em 1999, será executado dois dias depois de Montgomery. Christopher Valva, seu cúmplice, foi executado no passado dia 22 de setembro.

As execuções federais foram restauradas em 1998 e, até ao ano corrente, três pessoas foram executadas. Sublinhe-se que, naquilo que diz respeito às execuções decretadas pelos governos estaduais, a história é diferente. Kelly Renee Gissendaner foi executada, com a administração de uma injeção letal, em setembro de 2015. A mulher morreu no estado da Geórgia, depois de ter sido considerada culpada pelo assassinato do marido, que ocorrera, em 1997.

Segundo a CNN, antes deste ano, o governo norte-americano não procedia à aplicação da pena de execução desde 2003. Os dados são oriundos da análise de relatórios do Bureau Of Prisons, através dos quais se pode concluir igualmente que foram executadas quatro pessoas desde o ano de 1960.

Desde julho deste ano, com William Barr a desempenhar funções de Procurador-Geral dos EUA, foram executadas sete pessoas.