Padre com ascendência portuguesa assassinado na Venezuela

Desde o início da quarentena que as igrejas da Venezuela têm vindo a ser alvo de furtos e que os cidadãos temem pela sua segurança.

Um padre luso-venezuelano de 40 anos foi assassinado a tiro esta quarta-feira de manhã, nas proximidades da Igreja São João Batista, em São Carlos, no Estado de Cojedes, na Venezuela

De acordo com uma rádio local, o sacerdote tinha participado numa reunião na casa paroquial, quando saiu foi baleado, “depois de tentar resistir” a um assalto,acabando por morrer por pelas “00h15 locais” (05h15 em Lisboa).

Vários residentes daquela localidade, denunciaram aos jornalistas que têm existido vários apagões elétricos e falta de iluminação, facilitando a presença de criminosos. São também comuns no país as queixas relativamente à insegurança nas ruas, afetando tanto cidadãos nacionais como estrangeiros.

Os assaltos a igrejas têm sido uma constante desde março, quando o país entrou em quarentena devido à pandemia do novo coronavírus. Como as igrejas estão mais expostas devido à ausência de sacerdotes e fiéis, tornam-se num alvo mais fácil.

Os objetos roubados vão desde os sinos, cálices, copos de cristal para as celebrações eucarísticas até equipamentos de som e tanques de água.

No final de agosto, a Ermida de Nossa Senhora de Coromoto e Fátima, sede da Missão Católica Portuguesa de Caracas foi uma das lesadas destes assaltos que têm acontecido com frequência.

A comunidade portuguesa local, nomeadamente do Centro Português de Caracas, uniu-se a fim de realizar obras de recuperação dos danos físicos causados à Ermida e reforçou as grades já existentes de modo a prevenir futuras complicações.