Perdeu-se a camisola rosa e ficou praticamente garantida a azul

Dia agridoce no Giro: na etapa mais dura da prova (18.ª), João Almeida perdeu a liderança e Rúben Guerreiro é virtual vencedor da montanha.

Duas semanas depois, João Almeida (Deceuninck-Quick Step) despiu a camisola rosa da Volta a Itália em bicicleta. Naquela que era considerada a etapa rainha do Giro (18.ª), que incluía uma subida ao Stelvio, a 2758m de altitude, o ciclista português perdeu a liderança – e baixou para o quinto posto da geral, a 2 minutos e 16 segundo do novo líder, o holandês Wilco Kelderman (Sunweb).

 Kelderman tem apenas 12 segundos de vantagem para o colega Jai Hindley e 15 para Geoghegan Hart (INEOS), atuais segundo e terceiro classificados, respetivamente. Já o espanhol Pello Bilbao (Bahrain–McLaren) é quarto com 1 minuto e 19 segundos.

Duas semanas depois, João Almeida (Deceuninck-Quick Step) despiu a camisola rosa da Volta a Itália em bicicleta. Naquela que era considerada a etapa rainha do Giro (18.ª), que incluía uma subida ao Stelvio, a 2758m de altitude, o ciclista português perdeu a liderança – e baixou para o quinto posto da geral, a 2 minutos e 16 segundo do novo líder, o holandês Wilco Kelderman (Sunweb).

 Kelderman tem apenas 12 segundos de vantagem para o colega Jai Hindley e 15 para Geoghegan Hart (INEOS), atuais segundo e terceiro classificados, respetivamente. Já o espanhol Pello Bilbao (Bahrain–McLaren) é quarto com 1 minuto e 19 segundos.

Depois de ter liderado a prova desde o final da 3.ª etapa (durante 15 dias), Almeida fecha agora o top-5. O luso, de 22 anos, enfrentava ontem o último grande teste à liderança, uma vez que a última etapa de montanha prevista nesta edição da prova foi revista devido à covid-19.

Mas a dura etapa disputada ontem não se fez só desta passagem de testemunho no topo da tabela. Um dia depois de ter recuperado a camisola azul (na 17.ª etapa), Rúben Guerreiro (EF Pro Cycling) sagrou-se matematicamente vencedor da liderança da montanha.

 

Guerreiro perto de fazer história

Com 98 pontos por disputar, o português tem 112 de vantagem. Guerreiro lidera com 234 pontos, à frente do belga Thomas de Gendt (Lotto Soudal), com 122, e poderá tornar-se o primeiro português a vencer uma classificação secundária de uma Grande Volta (Tour, Vuelta ou Giro). Para confirmar o feito inédito, o ciclista de Pegões precisa de chegar ao final do Giro, faltando neste momento cumprir três etapas, na sexta-feira, sábado e domingo, dia em que a prova termina com um contrarrelógio em Milão.

De notar que a vitória da ‘maglia azurra’ começou a ganhar forma ainda antes do arranque da etapa desta quinta-feira.

Além dos pontos conquistados na etapa de ontem, após ter passado em primeiro no Campo Carlo Magno e em segundo no Passo Castrin, Guerreiro acabou por beneficiar também da desistência do italiano Giovani Visconti (Vini Zabù-KTM), que estava no segundo lugar a apenas 50 pontos de distância do português. Ontem, Guerreiro cortou a meta em 36.º lugar após integrar a fuga do dia, aproveitando o resultado para subir seis posições na geral, ocupando atualmente o 37.º posto.

Esta sexta-feira os corredores têm pela frente os 258 quilómetros planos entre Morbegno e Asti (19.ª etapa). No sábado há nova etapa de montanha, num total de 198 km entre Alba e Sestriere – a 20.ª etapa sofreu alterações na passagem nos altos de Izoard e Agnel devido à crise sanitária e a várias interdições locais, apresentando agora menos dificuldades. O contrarrelógio individual de 15,7 km com final em Milão colocará o ponto final na Volta a Itália de 2020 (21.ª etapa).