Turismo. Viagens dos portugueses caíram quase 60% cá dentro. Para fora a queda foi quase total

Estado de emergência e estado de calamidade decretados no país foram os principais motivos que fizeram os portugueses viajar menos, revela o INE.

Os residentes em Portugal realizaram dois milhões de viagens no segundo trimestre deste ano, um valor que correspondeu a uma queda de 64,9%.

Os dados foram avançados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística que revela que “o impacto da pandemia covid-19 e a declaração do Estado de Emergência no mês de abril e do Estado de calamidade no mês de maio impuseram medidas de confinamento que contribuíram para o decréscimo observado”.

No entanto, revela o gabinete, foi verificado um aumento “muito significativo” do número de noites passadas fora do ambiente habitual pelos turistas, nomeadamente nos meses de abirl e maio.

No mesmo período de tempo, 99,4% das deslocações corresponderam a viagens em território nacional mas, ainda assim, significam uma quebra de 59,1% face a igual período do ano anterior.

Já as viagens turísticas para o estrangeiro “foram praticamente nulas” e representam 0,6% do total. Totalizam 12,4 mil, o que representa um decréscimo de 98,5%.

Segundo o INE, foi o ‘lazer, recreio ou férias’ o principal motivo que levou os portugueses a viajar neste segundo trimestre do ano, que contou com 1,1 milhões de viagens. Ainda assim, uma quebra de 61,1%. No entanto a sua representatividade aumentou.

Segue-se o motivo ‘visita a familiares ou amigos’ que correspondeu a 686,6 mil viagens (34,9% do total), uma queda67,5%. Os ‘hotéis e similares’ concentraram 10,8% das dormidas resultantes das viagens turísticas e perderam peso no total (-20,7 p.p.).

Ainda segundo o INE, o ‘alojamento particular gratuito’ manteve-se como a principal opção de alojamento (84,2% das dormidas), sendo o único tipo de alojamento a reforçar a sua representatividade.