“Governo tem de ir mais além para garantir a sobrevivência das empresas do setor”, diz APSTE

Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos diz que foram esquecidas questões vitais para o setor.

A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) reclama que as medidas apresentadas pelo Governo representam um esforço mas não são suficientes para o setor.

 No seguimento das várias reuniões tidas com a Ministra da Cultura, Secretário de Estado do Comércio e Serviços, Secretária de Estado do Turismo, várias forças políticas com representação no Parlamento e após as medidas anunciadas pelo Executivo liderado por António Costa ao longo do último mês, a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) diz considerar “insuficientes as propostas e defende que foram esquecidas questões vitais como a criação de um CAE especifico para o setor, o congelamento das amortizações durante o próximo ano ou a disponibilização de uma linha de crédito com um valor ajustado à dimensão do volume de empresas a operar e dos prejuízos já acumulados por estas devido à pandemia”.

No que diz respeito ao apoio ao emprego na retoma, a APSTE reivindica layoff simplificado ou outra medida similar até, pelo menos março do próximo ano, para que seja garantido o pagamento do vencimento aos colaboradores.

Reivindica ainda medidas fiscais como o congelamento das amortizações de forma a não aumentar os prejuízos das empresas, criação de linhas de crédito especifica com alguma percentagem a fundo perdido e suspensão do Imposto Único Circulação (IUC) enquanto perdurar esta falta de trabalho generalizada no setor, uma vez que todos os veículos estão parados.

A associação defende ainda a extensão das moratórias até ao final de 2021 ou a criação de incentivo ao investimento por parte das autarquias em eventos na tentativa de restabelecer a confiança das populações e garantir trabalho às empresas e profissionais deste setor, bem como a criação de um CAE específico para o setor dos Audiovisuais e Serviços Técnicos para Eventos.

A todas estas reivindicações, diz a APSTE, o Governo não respondeu ou respondeu de forma insuficiente.

“Apesar de apreciarmos o esforço do Governo, a verdade é que nos faltam respostas para temas essenciais. Este é um setor que faturou centenas de milhões de euros em 2019, só os nossos associados contribuíram com cerca de 140 milhões, e conta com muitos profissionais altamente qualificado e especializados, não podemos abdicar de tudo isto. Ainda temos algumas destas matérias em cima da mesa de negociações, mas caso não cheguemos a um desenlace que garante a sobrevivência das nossas empresas não teremos outra opção a não ser avançar com novas ações de protesto que, desta feita, poderão ser mais incómodas…”, diz Pedro Magalhães, presidente da APSTE.