Finanças afirmam que investimento no SNS aumentou mais de 100% até setembro

Este aumento é justificado através da aquisição de ventiladores e outros equipamentos de cuidados intensivos no âmbito do novo coronavírus.

O investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentou 119% até setembro, atingindo 187 milhões de euros. Este valor ultrapassa a execução completa do ano passado, em que somou 156 milhões de euros. Estes dados foram divulgados, esta terça-feira, pelo Ministério das Finanças.

À agência Lusa, fonte oficial do ministério liderado por João Leão adiantou que "o investimento público na Administração Central e Segurança Social, excluindo PPP (parcerias público-privadas), aumentou 37,3% (mais 243,3 milhões de euros), para 895,4 milhões de euros, até setembro face ao período homólogo".

Por outro lado, a mesma fonte esclareceu que este panorama reflete a “forte dinâmica de crescimento no âmbito do plano de investimentos Ferrovia 2020 e de outros investimentos estruturantes e, ainda, a aquisição de material médico para o combate à covid-19 destinado aos hospitais” não esquecendo de olhar especificamente para o investimento do SNS e destacando "o aumento extraordinário do investimento (mais 119%), atingindo 187 milhões de euros e ultrapassando a execução completa do ano de 2019 (156 milhões de euros)”. Este aumento é justificado através da aquisição de ventiladores e outros equipamentos de cuidados intensivos no âmbito do novo coronavírus.

Segundo o Ministério das Finanças, a execução dos primeiros oito meses do ano corrente "“evidencia os efeitos da pandemia da covid-19 na economia e nos serviços públicos, refletindo igualmente o impacto da adoção de medidas de política de mitigação”. Por outro lado, a Direção-Geral do Orçamento (DGO), avançou que "a pandemia de covid-19 custou 2.521,7 milhões de euros (ME) ao Estado até ao final de agosto, devido a quebras de receita de 578,6 ME e aumentos de despesa de 1.943,1 ME".

A DGO, que tem como missão tarefas como a regulação e o controlo do processo orçamental ou o estabelecimento de instrumentos de controlo das finanças públicas, sublinhou que as medidas adotadas no combate e na prevenção da covid-19 levaram a uma redução da receita de 578,6 milhões de euros e a um aumento da despesa em 1.943.1 milhões de euros. O impacto destas medidas, até agosto, é superior aos 2.316ME registados até final de julho.