Diretor da PSP deixa aviso: “Vão ter que cumprir as regras quer queiram quer não”

Magina da Silva prevê que nem todos os cidadãos cumpram as medidas, “por objeção de consciência” ou “por teorias da conspiração relacionadas com a covid”.

O diretor nacional da PSP, Manuel Magina da Silva, admitiu, esta terça-feira, que nem todos os cidadãos estão dispostos ao cumprimento das medidas impostas no contexto da pandemia, mas lembrou que vivemos numa situação excecional e que as regras são para cumprir.

"Vivemos uma situação excecional e em situações excecionais não se resolvem [as coisas] fazendo como se fazia em situações normais, exigem-se situações excecionais", começou por dizer Magina da Silva, que falava aos jornalistas à margem da inauguração da 41.ª esquadra da Alta de Lisboa.

"Penso que a adesão dos portugueses e a compreensão dos tempos e das regras excecionais vão prevalecer”, disse. No entanto, acrescentou: “Não desejo, mas prevejo que alguns cidadãos, por objeção de consciência, por teorias da conspiração relacionadas com a covid, que há muitas, poderá haver quem não se deixe sensibilizar e vão ter que cumprir as regras quer queiram quer não".

Sobre as restrições que vão estar em vigor a partir de sexta-feira e durante o fim de semana, Magina da Silva sublinhou que se trata da mesma situação da Páscoa passada, "nem a mais, nem a menos", embora com as devidas "afinações".

O responsável fez ainda questão de frisar que "a ação repressiva acontece quando as pessoas não querem nem se deixam sensibilizar". "A polícia, como tem feito desde sempre, privilegia uma intervenção de pedagogia de sensibilização, mas há cidadãos que não se deixam ensinar e sensibilizar", acrescentou.