PCP fala em “competição” entre autarcas do Porto e diz que medidas pedidas “nada resolvem”

“O que estamos a assistir é uma competição entre autarcas para ver quem vai mais longe nas restrições, no alarmismo e na propagação do medo”, referem os comunistas.

PCP fala em “competição” entre autarcas do Porto e diz que medidas pedidas “nada resolvem”

O PCP/Porto considerou, esta quarta-feira, que as medidas pedidas pelos autarcas socialistas do Grande Porto para combater a covid-19 na região criam “alarmismo”.

De realçar que os autarcas do distrito do Porto se têm mostrado a favor do estado de Emergência, nomeadamente que seja decretado recolher obrigatório.

Em comunicado, o PCP/Porto refere que os autarcas, de forma concertada, “alarmam, falam de preocupações e do aumento de casos, reclamam restrições e limitações”. Contudo, não tecem críticas ao que não foi feito e devia ter sido feito.

O partido refere que, há uns meses, os presidentes de câmara se “atropelaram” a alugar hotéis e montar hospitais de campanha, no entanto, por terem sido feitos sem qualquer articulação com entidades sanitárias nem ajustamento com a realidade, estas estruturas acabaram por ser desnecessárias.

“O que estamos a assistir é uma competição entre autarcas para ver quem vai mais longe nas restrições, no alarmismo e na propagação do medo”, referem os comunistas.

O PCP defende que o Estado de Emergência ou recolher obrigatório “nada resolvem” e que os autarcas pretendem apenas esconder a falta de respostas do Governo no reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Mas as críticas dos comunistas não ficam por aqui. Na mesma nota, o PCP diz ainda que os autarcas falam nas escolas como foco de infeção, mas “escondem as suas próprias responsabilidades” na falta de auxiliares que possam garantir as condições de higienização e limpeza, tal como no que diz respeito à sobrelotação de transportes na Área Metropolitana do Porto.

“O que os autarcas não disseram e é efetivamente preciso é o reforço das camas hospitalares, das equipas de cuidados intensivos e a resposta na área da Saúde Pública onde faltam centenas de profissionais, designadamente médicos, enfermeiros e outros técnicos”, refere o PCP, que recorda que estas medidas foram propostas pelo partido no “Plano Nacional de Emergência para o Serviço Nacional de Saúde” que foi entregue na Assembleia da República e chumbado pelo PS, PSD e CDS.