A Comissão Europeia está mais optimista e melhorou a previsão da queda da economia portuguesa em 2020, esperando agora uma contração de 9,3%, uma melhoria face aos 9,8% previstos em julho. Ainda assim, são números piores face aos que são previstos pelo Banco de Portugal (queda de 8,1%) e pelo Governo (-8,5%), estando em linha com as previsões do Conselho das Finanças Públicas (também -9,3%), mas sendo mais otimistas que os da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE, -9,4%) e que as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI, -10,0%).
Para 2021, a Comissão Europeia prevê um crescimento económico de 5,4% em Portugal (o mesmo valor que o previsto pelo Governo), uma revisão em baixa das suas estimativas de julho (crescimento de 6,0%), esperando ainda um crescimento de 3,5% do PIB em 2022.
Défice agrava para 7,3% mas melhora previsões do desemprego
A Comissão Europeia piorou as previsões para o défice e a dívida pública portuguesa para 2020, esperando um saldo orçamental de -7,3% do Produto Interno Bruto (PIB), como o Governo, e uma dívida pública de 135,1% do PIB.
Além de igualarem a previsão do Governo para o défice em 2020, as previsões económicas de outono, hoje divulgadas, são mais otimistas que as do Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê um saldo orçamental de -8,4% do PIB, e que as da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE, -7,9%), sendo mais otimistas em uma décima (-7,2%) que as do Conselho das Finanças Públicas (CFP).
Relativamente à dívida pública, o número é mais negativo em três décimas do que o esperado pelo Governo (134,8% do PIB), mas mais otimista face às previsões do FMI (137,2%), CFP (137,6%) e OCDE (135,9%).
Já em relação às previsões relativas à taxa de desemprego portuguesa para 2020, espera que se situe nos 8% este ano, depois de ter previsto 9,7% em maio.