Rio admite “hipótese de diálogo” com Chega a nível nacional

O líder do PSD diz que pode vir a ponderar esta hipótese caso o partido liderado por André Ventura se modere, tal como aconteceu nos Açores.

O presidente do PSD, Rui Rio, falou sobre o polémico acordo com o Chega nos Açores, e diz que este acordo só foi possível depois de o partido liderado por André Ventura se ter "moderado", algo que se acontecer a "nível nacional" pode criar uma "hipótese de diálogo", garante Rio. O deputado  acusou ainda o PS e BE de mentirem aos portugueses sobre o que realmente aconteceu nos Açores, visto estarem de "cabeça perdida" com o facto de terem perdido o poder no arquipélago e negou ter feito um "acordo facista", como tem sido acusado pela Esquerda.

"O acordo com o Chega foi a nível regional, nos Açores, e teve por base quatro compromissos e nenhum é fascista: redução do número de deputados, fim da subsidiodependência, criação de um gabinete de combate à corrupção e reforço da autonomia regional. Reduzir deputados, criar mais emprego e reduzir a subsidiodependência, combater a corrupção e querer o reforço da autonomia são compromissos fascistas?", questionou ironicamente Rio.

O líder do PSD disse ainda que no futuro pode chegar a acordos com o partido de André Ventura, caso este aceite moderar-se. "Nos Açores moderou-se: pediu para baixar o número de deputados regionais, a incidência do rendimento mínimo garantido e para combater a corrupção", afirmou Rio. 

Costa disse, esta sexta-feira, durante uma entrevista à TVI, que nunca irá negociar com o Chega, que é, nas palavras do primeiro-ministro, um "partido de extrema-direita xenófaba", algo que "coloca em causa a dignidade humana da pessoa". Recorde-se que o PS perdeu a maioria absoluta nos Açores depois ter sido criada "uma geringonça" à Direita, graças a um acordo da coligações pós eleitoral com o PSD/CDS-PP/PPM e o Chega.