Anthony Fauci acredita que coronavírus pode tornar-se endémico

O cientista falou ainda sobre os resultados da vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer e a empresa alemã BioNTec, que as instituições dizem ter uma eficácia superior a 90% contra o novo vírus, e pede às pessoas para “não baixarem as armas porque vem aí a cavalaria”.

O diretor do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas norte-americano, Anthony Fauci, disse, esta quinta-feira, acreditar que o novo coronavírus pode tornar-se endémico na nossa sociedade, durante um webinar com o Instituto Real de Relações Internacionais. Apesar de acreditar que o aparecimento de vacinas contra a covid-19 vai fazer com que a pandemia mundial termine, o infeciologista diz que vai ser necessário continuar a ter cuidados com a doença. 

"Duvido que vamos erradicar isto. Precisamos de planear porque é algo que podemos precisar de manter sob controlo de forma crónica. Pode ser que se torne endémica, algo que temos de ter cuidado. De certeza que não vai continuar a ser pandémica durante muito mais tempo, porque acredito que as vacinas vão dar a volta", afirmou Fauci, que aproveitou o momento para sublinhar a importância de continuar a respeitar as normas das autoridades de saúde para impedir a propagação da doença, como o uso de máscara e o cumprimento de distanciamento social físico apesar do sentimento de "fadiga" sobre o novo coronavírus. 

Fauci falou ainda sobre os resultados da vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer e a empresa alemã BioNTec, que as instituições dizem ter uma eficácia superior a 90% contra o novo vírus, e pede às pessoas para " não baixarem as armas porque vem aí a cavalaria". "É melhor continuarem a lutar porque ainda não chegaram. A ajuda está a caminho, mas ainda não chegou. Não desistam, não desesperem, o fim está à vista. É preciso insistir nas medidas de saúde pública", acrescentou o cientista. 

Fauci disse ainda que apesar da sua idade avançada – o especialista já celebrou os seus 80 anos – pretende continuar a lutar contra o novo coronavírus e outras doenças. "Temos muito para fazer em termos de saúde global e não vou sair sem resolver estas [doenças]", garantiu.