Marcelo diz que manifestações são “legítimas” mas pede que se evite “espiral de violência”

O chefe de Estado sublinhou que “o pior que se podia ter é um confronto entre quem quer a abertura do país e quem tem medo dessa abertura”.

O Presidente da República considerou que as manifestações que decorrem este sábado são “legítimas”. Contudo, pediu que não haja violência.

As manifestações são “uma expressão em democracia do estado de espírito dos portugueses e, nessa medida, são legítimas”, disse Marcelo, à saída de uma missa pelas vítimas da covid-19, em Fátima.

“O direito à manifestação é democrático, a indignação das pessoas é natural. É disso que se trata”, reiterou.

"Que haja a manifestação, sim, a preocupação de encontrar soluções para os problemas, sim, que entremos numa espiral de violência que só agrava o confronto entre portugueses, isso acho que devemos evitar", apelou.

O chefe de Estado sublinhou que “o pior que se podia ter é um confronto entre quem quer a abertura do país e quem tem medo dessa abertura”.

“Encontramos uma clivagem que pode ser por idades ou situação social. Temos de evitar isto”,disse.

Recorde-se que este é o primeiro dia do primeiro fim de semana em que o recolhimento obrigatório entra em vigor a partir das 13h00 nos concelhos de maior risco do país. No mesmo dia, em Lisboa, os empresários da restauração protestam contra as medidas impostas pelo Governo.