Mário Ferreira – através da Pluris – terá mesmo de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a parcela de capital da proprietária da TVI que não detém (70%). A decisão final é da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que considera que o empresário e a Prisa atuavam com concertação de votos.
“A CMVM considerou que a Pluris e a Vertix exerceram, de forma concertada (e até à alienação pela Vertix da totalidade da sua participação), influência dominante sobre a Media Capital, no contexto e em execução dos acordos entre si celebrados”, explica a CMVM em comunicado.
Mário Ferreira tem agora um prazo de cinco dias para avançar com o anúncio preliminar da OPA.
O empresário da Douro Azul tinha pedido mais tempo para apresentar argumentos mas a CMVM decidiu manter a decisão por considerar ter existido “vinculação recíproca das partes no que se refere ao financiamento da Media Capital, à reformulação do seu plano de negócios, à recomposição do seu órgão de administração e à transmissibilidade das ações da Media Capital”.
“A implementação de tais acordos moldou, reestruturou e redefiniu muito significativamente a sociedade Media Capital, revelando a existência de uma política interventiva comum na condução dos negócios da sociedade, com reflexos na recomposição do seu órgão de administração, na redefinição do seu plano estratégico e na tomada de decisões relevantes, em particular no que respeita à política de recursos humanos e de financiamento”, avança a decisão da entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias.