“Um Governo meu nunca ficará nas mãos do Chega”, diz Rui Rio

Se Chega não passar a ser “um partido pela positiva” pode desaparecer em dois anos.

O líder do PSD garantiu, esta quarta-feira, que um Governo liderado por si nunca colocará "nas mãos do Chega".

Rui Rio disse, em entrevista à TVI24, nunca permitiria que um eventual parceiro político exigisse “tudo o que quer e pode como está a fazer o PCP" ao atual Governo.

“Se as eleições fossem hoje, era impossível o PSD fazer um Governo com a extrema esquerda e com a extrema direita: PCP, BE e Chega. António Costa é que disse que gostaria de se colocar totalmente na dependência da esquerda, o Governo está totalmente nas mãos do PCP. Nunca um Governo meu estará nas mãos do Chega”, sublinhou.

“Se me pedirem para integrar pontos que estou de acordo e que são coincidentes com o nosso programa, digo que não quero os votos do Chega?”, questionou Rui Rio.

Sobre o acordo nos Açores em si, o líder do PSD fez questão de esclarecer alguns contornos, frisando que tudo foi feito com o seu conhecimento, mas mais por questão de cortesia.

“Nunca me encontrei com André Ventura. Não houve cobertura da minha parte, tudo o que aconteceu foi com o meu conhecimento, por uma questão de cortesia por parte do PSD Açores”, disse, acreswcentando “Acha que Alberto João Jardim informava Cavaco Silva sobre aquilo que fazia?”.

O líder do PSD considera que o Chega é atualmente "uma federação de descontentes", que existe "pela negativa" e "contra o sistema".

Para Rui Rio, "o tempo vai obrigar o Chega a ser um partido pela positiva". Se assim não for existe uma "probabilidade forte" de desaparecer no espaço de dois anos, defendeu.