A Pluris, do empresário Mário Ferreira, está a analisar a decisão da CMVM que determina o lançamento de uma OPA obrigatória sobre 69,78% da Media Capital, mas adianta que discorda da avaliação.
"A Pluris não pode deixar de se congratular pelo facto de, após tanta e tão profusa especulação, ter a CMVM esclarecido o seu entendimento quanto à inexistência de uma transferência do domínio da Media Capital para a Pluris, tendo, desta forma, reformulado parcialmente o sentido do projeto de decisão inicialmente anunciado", diz a empresa de Mário Ferreira.
"Contudo, a Pluris não pode também deixar de referir a sua discordância quanto à avaliação efetuada pela CMVM relativamente aos factos e, seguramente, ao direito aplicável, que concluiu pela verificação de um exercício concertado de influência para efeitos de direito de valores mobiliários — apesar de delimitado no tempo e terminado a 03 de novembro", acrescenta.
A Pluris acrescenta ainda lamentar que “em especial, que os meios de prova indicados pela Pluris e o acerto da sua argumentação jurídica, devidamente sustentada por opiniões de distintos professores de Direito, não tenham sido considerados pela CMVM nesta sua decisão final”.
Recorde-se que o regulador considera que Pluris e Vertix “exerceram de forma concertada influência dominante sobre a Media Capital, no contexto e em execução dos acordos entre si celebrados”.
Nesse sentido, Mário Ferreira terá mesmo de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a parcela de capital da proprietária da TVI que não detém (70%). O empresário tem até dia 25 para avançar com o anúncio preliminar da OPA.