Plano de distribuição das vacinas no país será conhecido nos próximos dias, indica Marta Temido

A ministra da Saúde indicou ainda que o Natal terá de ser celebrado de forma diferente este ano. “Neste momento, estamos ainda a lutar para chegar o melhor possível aos primeiros dias de dezembro”, disse.

Plano de distribuição das vacinas no país será conhecido nos próximos dias, indica Marta Temido

No dia em que o número de internamentos em unidades de cuidados intensivos atingiu o seu recorde em Portugal – existem 517 pessoas internadas em UCI, a conferência de imprensa das autoridades de saúde contou com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido, que abordou vários assuntos como a pressão nos hospitais do Norte, a chegada de uma vacina contra o novo coronavírus ao país e ainda a celebração do Natal. 

Marta Temido começou por elogiar o trabalho do Serviço Nacional de Saúde (SNS), especialmente no Norte do país, quanto às transferências de doentes realizadas esta quarta-feira para outros hospitais da região para evitar a pressão nas unidades hospitalares. "É um aspeto muito positivo", disse a governante. 

Sobre a distribuição das vacinas contra a covid-19 no país, a ministra diz que ainda existem pontos a alinhar, como a questão do armazenamento das mesmas, que será "muito provavelmente num ponto único do país. "Em termos de pontos de entregas de vacinas no nosso país o que sabemos, neste momento, é que todos os produtores vão fazer as entregas nos próprios países", indica a ministra. Quanto à distribuição das vacinas pelo país, o plano vai ser conhecido "nos próximos dias".

"Sabemos que todos os produtores vão distribuir as vacinas para os países. Há depois a questão do armazenamento, temos estado a trabalhar nisso. E claro, depois teremos de fazer a distribuição pelo país. Todos esses aspetos estão a ser trabalhados", indica Marta Temido, que sublinhou que apesar da chegada da vacina ao país é necessário "continuar a ter medidas de contenção, para quem ainda não foi vacinado esteja protegido".

Em relação ao público-alvo inicial, a ministra indica que a vacina será primeiramente distribuída por "populações em função de grupo etário, de exposição a fatores profissionais de maior risco e também da sua imprescindibilidade para a segurança geral". 

Em relação ao Natal, a governante afirma que "não vamos poder ter um Natal igual ao dos anos anteriores" e diz que "só daqui a algum tempo" será possível prever como será celebrada, este ano, a época natalícia. "Por muito que a situação epidemiológica melhore, depende do nosso esforço todos os dias", aponta. "Neste momento, estamos ainda a lutar para chegar o melhor possível aos primeiros dias de dezembro", acrescentou Marta Temido.

A governante diz que nesta " nova fase de Estado de Emergência" é necessário quebrar cadeias de transmissão da doença e sublinha que os países que iniciaram medidas de contenção mais agressivas no início da segunda vaga da pandemia "estão, neste momento, a poder antecipar um pouco melhor aquilo que vai ser o final do mês de dezembro".