IL acusa PS de gerir mal o país “em tempos de vacas gordas e pessimamente em tempo de vacas magras”

O BE não faltou no discurso de Cotrim Figueiredo, que, satiricamente, referiu que o Bloco ficou “despeitado por ter feito ‘bluff’, achando que o PS não poderia viver sem ele, e no final ter sido trocado por outros, mas o despeito é mau conselheiro, principalmente para partidos com tendências populistas como o BE”.

O deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, teceu, esta quarta-feira, duras críticas ao PS e ao Governo. Na conclusão do debate sobre o Orçamento do Estado para 2021, Cotrim Figueiredo acusou o PS de gerir “mal em tempos de vacas gordas e pessimamente em tempo de vacas magras”. 

A “enorme desorientação do Governo, que não sabe o que anda a fazer no combate à pandemia”, foi outra arma de arremesso do deputado liberal, que acrescentou que “este orçamento também mostra que [o Governo] não tem ideia nem nenhuma estratégia para recuperar a economia, que é chocantemente a parente pobre deste orçamento”.

João Cotrim Figueiredo definiu o orçamento para o próximo ano como tendo dinheiro “para clientelas eleitorais e políticas”, para “enterrar na TAP” e para “aumentar a massa salarial da função pública”, deixando de fora áreas como a Saúde e o decréscimo da carga fiscal.

Dentro dos três minutos de discurso permitidos, o deputado liberal conseguiu encaixar ainda uma crítica à “geringonça”, referindo as “faturas” passadas ao PS pelos partidos da esquerda. O BE não faltou no discurso de Cotrim Figueiredo, que, satiricamente, referiu “que o Bloco ficou "despeitado por ter feito ‘bluff’, achando que o PS não poderia viver sem ele, e no final ter sido trocado por outros, mas o despeito é mau conselheiro, principalmente para partidos com tendências populistas como o BE”.

A IL votou contra a proposta do BE para as transferências para o Novo Banco, e criticou a medida, dizendo que “o BE consegue de uma só penada desvalorizar um banco em que o Fundo de Resolução ainda tem 25%, prejudicar os trabalhadores do Novo Banco e fortalecer os argumentos da Lone Star”. Em causa esteve ainda a falta de celebração do 25 de Novembro por parte do Parlamento, uma “vergonhosa omissão” nas palavras de Cotrim Figueiredo.