Ministério Público acusa quatro pessoas pela morte do rapper Mota Jr

Arguidos estão acusados de homicídio qualificado, roubo, furto, profanação de cadáver e posse de arma proibida

O Ministério Público (MP) acusou os três homens que terão assaltado e matado o rapper Mota Jr, João Luizo, Edi Barreiro e Fábio Martins, assim como Catarina Sanches, presumível responsável por atrair o jovem à porta de casa em São Marcos, Cacém, no dia 15 de março.

Os arguidos estão acusados de homicídio qualificado, roubo, furto, profanação de cadáver e posse de arma proibida. Os três homens vão continuar em prisão preventiva e Catarina Sanches em prisão domiciliária.

Recorde-se que David Mota, conhecido como Mota Jr, foi convidado por uma amiga para ir  a um restaurante de fast food e, quando chegou a casa, estavam três homens encapuzados e armados à sua espera para o raptar e roubar o ouro que tinha em casa. O jovem, de 28 anos, resistiu, mas acabou por ser agredido até à morte e transportado na bagageira de um carro. Dois meses depois, o corpo foi encontrado na Serra da Arrábida num estado avançado de decomposição. Na noite do crime, os suspeitos, agora constituídos arguidos perante o MP, ainda regressaram a casa do rapper para roubar mais ouro, aproveitando a ida dos familiares à polícia para apresentar queixa por desaparecimento.

O ouro, que rendeu dois mil euros aos assaltantes, foi vendido a uma loja, descoberta pela Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo da Polícia Judiciária.

João Luizo e Edi Barreiro fugiram para o Reino Unido e foram detidos no final de maio, numa cooperação entre a PJ e as autoridades britânicas. Em julho, a PJ deteve Catarina Sanches e no mês de novembro Fábio Martins, o quarto suspeito.