Congresso do PCP

O que se passou com o Congresso do PCP foi de bradar aos céus. A direita devia ficar contente com um exagero de infecções comunistas. Pois ficou mais contente em insultar o António Costa por causa do PCP. 

Por Pedro d'Anunciação

 

Que os partidos de oposição queiram aproveitar qualquer pretexto para maçar o Governo, tentando substituí-lo, estão no seu  direito. E o eleitorado está no seu direito de aprovar ou chumbar isso.

Mas este Governo parecia estar a pôr-se mesmo a jeito, sem ser preciso isso. A directora-geral de Saúde, mais a directora do SEF, voluntária ou involuntariamente, têm dado uma ajuda inestimável à Oposição.

No entanto, a Oposição parece apressada, e sem paciência para esperar os caminhos direitos.

O que se passou com o Congresso do PCP foi de bradar aos céus. A direita devia ficar contente com um exagero de infecções comunistas. Pois ficou mais contente em insultar o António Costa por causa do PCP. E não quer ali, no PCP, ninguém doente – por mais que a Constituição lhes dê esse direito. Só ficamos é com dúvidas sobre o respeito que a Oposição terá pela Lei, quando for Poder. Assim, já se compreende o entusiasmo com a aliança do Chega. Seja lá o que for. Mas o PSD não gosta nada de Oposição. Só do Poder. E no entanto, a democracia é feita de Poder e Oposição.

 Por seu lado, Jerónimo de Sousa, aproveitou o Congresso para mandar os recados que queria, e com muito mais impacto mediático (e disso estaria muito agradecido à Oposição (mais de direita), já que ele reivindicou para si também esse estatuto). Além disso, parece ter voltado a dar lições sobre adopção de medidas sanitárias.