PSD questiona Governo sobre universalização da escola digital

António Costa afirmou, a 22 de abril, que a escola “nunca mais será a mesma” e que “os recursos digitais vão começar a fazer parte das ferramentas de trabalho do quotidiano entre aluno e professor”.

O Partido Social-Democrata entregou um requerimento no Parlamento, dirigido ao ministro da Educação, em que questiona o Governo sobre o ponto de situação do projeto para tornar universal a digitalização da escola em Portugal. 

Em abril, António Costa referia: “É muito mais do que ter um computador ou um 'tablet'. É ter isso e possuir acesso garantido à rede em condições de igualdade em todo o território nacional e em todos os contextos familiares, assim como as ferramentas pedagógicas adequadas para se poder trabalhar plenamente em qualquer circunstância com essas ferramentas digitais.”

Agora, passados oito meses e um período de experiência e desenvolvimento do ensino à distância, o PSD questiona o Governo se “confirma que apenas foram distribuídos pelas escolas 25 mil computadores até ao dia 30 de novembro”, e, em caso positivo, “em que Agrupamentos de Escolas foram distribuídos os computadores” e “quais os critérios que presidiram à seleção das escolas”. Em causa está o anúncio de Tiago Brandão Rodrigues no Parlamento, em outubro deste ano, sobre a entrega dos primeiros 100 mil computadores durante a primeira quinzena de novembro. De acordo com notícias veículadas pela Comunicação Social, tinham sido entregues só 25 mil destes equipamentos até 20 de novembro.

Os sociais-democratas aproveitaram também para perguntar "quando e onde serão distribuídos" os cerca de 75 mil computadores em falta.

"Qual o planeamento da implementação das medidas de universalização da Escola Digital, nomeadamente o programa de capacitação digital dos docentes?", questionam também os deputados do PSD.