Espanha pondera reduzir horário de trabalho semanal para quatro dias

Esta medida já foi implementada por várias empresas em vários países, como é o caso da Microsoft, no Japão, que diz ter aumentado a produtividade em 40%. 

O Ministério do Trabalho espanhol está a estudar a possibilidade de reduzir o horário semanal de full-time de 40 horas para 32 horas, com o intuito de melhorar a satisfação dos colaboradores e favorecer a criação de empregos, avançou o jornal El Economista.

Apesar de a proposta do partido político Más País, que propunha uma aposta de 50 milhões de euros na redução do horário laboral, ter sido chumbada esta semana, o secretário-geral do Podemos diz que o Ministério do Trabalho já mostrou que continua a estudar a implementação da redução de horário e que o facto de terem negado a proposta não é sinónimo de uma recusa definitiva a um modelo que reduz a jornada semanal de trabalho de cinco para quatro dias. “Pode, sem dúvida, favorecer a geração de empregos”, disse Pablo Iglesias, em entrevista à TVE.

O político garante que a ministra do Trabalho, Yolanda Diaz, está a estudar o modelo mas não fala de prazos de implementação. “Tenho de respeitar a competência de cada ministro, e sei que eles a estudarão”, disse o líder do partido.

“Temos que reconstruir a nossa economia e Espanha tem agora a oportunidade perfeita para aplicar a semana de quatro dias ou 32 horas”, disse, na apresentação da proposta, o político do partido Más País Íñigo Errejón, que acredita que esta é uma "política de futuro focada em aumentar a produtividade dos trabalhadores, melhorar a saúde física e a mental e reduzir o impacto no meio ambiente”.

De acordo com a proposta encurtar a semana para quatro dias de trabalho não deverá contemplar uma redução de salário dos trabalhadores. Esta medida já foi implementada por várias empresas em vários países, como é o caso da Microsoft, no Japão, que diz ter aumentado a produtividade em 40%.