Domínio da pandemia em Macau permite rápida recuperação económica

A região, que só teve 46 casos confirmados do novo coronavírus, vai conseguir “uma rápida recuperação económica”, diz responsável do governo chinês.

Macau recebeu o Fórum Global de Economia Turística, e o Ministro da Cultura e do Turismo chinês, Hu Heping, aproveitou a oportunidade para afirmar que a gestão da pandemia em Macau foi feita “em tempo oportuno”, tendo contido "eficazmente a sua propagação". 

Os números falam por si. O território foi dos primeiros no mundo a registar casos positivos de Covid-19, tendo o primeiro sido a 22 de janeiro. Desde então, após a adoção de fortes medidas sanitárias, o número aumentou até 46 e desde 26 de junho que não há registo de novos casos. As medidas passaram pelo encerramento de casinos – a maior fonte de trabalho e riqueza da região – durante 15 dias, bem como a aplicação de um plano de distribuição de máscaras e um controlo vigilante na fronteira com a China.

Como referido, Macau não tem um novo caso desde 26 de junho, e é neste facto que Hu Heping se baseia para defender que “a economia de Macau vai recuperar rapidamente com o apoio do Governo Central" e "demonstrar melhor que nunca o seu papel de centro mundial de turismo assim como o seu papel de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa".

Houve ainda espaço para o Ministro da Cultura e do Turismo chinês reforçar a sua opinião de que a China foi o "primeiro país do mundo a controlar a pandemia e a primeira potência a recuperar a economia".

Macau sofreu quebras de 70 por cento no número de visitantes internacionais nos primeiros oito meses de 2020, segundo dados da Organização Mundial de Turismo. O jogo e o turismo, que são “os setores predominantes de Macau”, refere a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, “foram profundamente afetados este ano, com as receitas a registarem uma acentuada diminuição”.