Praxe da Universidade do Minho apelidada de racista e discriminatória

A instituição e a Associação Académica da Universidade do Minho já vieram a público condenar a situação. 

Um vídeo de uma praxe dos alunos do curso de Biologia e Geologia, da Universidade do Minho, está a tornar-se viral e a fazer correr muita tinta. Em causa está o facto de os jovens terem a cara e o corpo pintado de preto, enquanto cantam "somos conhecidos por canibais".

Depois de terem sido tecidas várias críticas nas redes sociais, onde muitos apelidaram a atitude dos jovens de racista e discriminatória, a reitoria da Universidade do Minho já veio a público mostrar o seu "profundo desagrado" para com a situação e condenar a atitude dos alunos. "Os tempos de distanciamento físico não podem significar que os estudantes se distanciem dos valores, princípios e missão da Universidade do Minho", defende a instituição, que diz que vai acionar os seus mecanismos internos para averiguar os responsáveis pela situação. 

Também a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) já reagiu à praxe académica e mostrou o seu "completo repúdio por todos e quaisquer comportamentos discriminatórios, que atentem contra os valores do respeito, igualdade e dignidade humana" e defende que a universidade deve ser "um espaço de valores humanistas, onde fenómenos e demonstrações deste tipo não podem, nem devem, em qualquer contexto, ter lugar", pode ler-se num comunicado partilhado nas redes sociais da AAUM. 

A associação aponta ainda para a necessidade de debater mais o tema do racismo e da discriminação. "Diz não ao racismo. Diz não à banalização de qualquer tipo de discriminação. Contacta-nos se foste vítima ou testemunha de qualquer tipo de fenómeno deste tipo. Juntos vamos construir um futuro e uma academia mais humana e inclusiva", concluem na nota.