Marcelo: um Presidente feito na televisão

Só por motivos de força maior é que Marcelo Rebelo de Sousa não iria avançar para um segundo mandato. E isso não existe. 

Marcelo é único. Escolheu uma pastelaria para anunciar que se recandidata a Belém. Nenhuma surpresa. Só por motivos de força maior é que Marcelo Rebelo de Sousa não iria avançar para um segundo mandato. E isso não existe. Marcelo vestiu bem o fato de Presidente e, principalmente, assumiu a retórica dos afetos como forma de estar na vida política. Deu prioridade às causas sociais e não se duvide que muitos atos de gestão relacionados com a pandemia foram inspirados em Belém. Marcelo não é consensual. Tolerado à esquerda, gerando desconfiança a alguns setores da direita, mas desejado pelo PS de António Costa. Os votos que poderá não obter à direita compensará com os que vai buscar ao eleitorado dos socialistas que não votam em Ana Gomes. Feitas as contas, Marcelo não irá ter dificuldade em ser eleito à primeira volta. Disponível para entrevistas e debates, temos pela frente semanas intensas que irão trazer às televisões o homem que construiu a sua corrida a Belém a partir dos estúdios de televisão. Será uma animação. Por certo.