Estes são os monumentos mais ameaçados da Europa

Rede Europa Nostra pretende chamar a atenção para património em risco.

A rede Europa Nostra, dedicada à salvaguarda do património, revelou esta semana os doze candidatos à lista anual dos sete monumentos europeus mais ameaçados. O objetivo do programa lançado em 2013 é chamar a atenção para edifícios históricos excecionais em risco de ficarem irremediavelmente danificados e pressionar os responsáveis a agir. No ano passado, Sneška Quaedvlieg-Mihailovi, o secretário-geral do Europa Nostra, classificou como uma «vergonha» a falta de ação da Unesco.

Dos doze candidatos agora anunciados, nenhum se situa em território português. O_mais próximo é a ermida de San Juan de Socueva na Cantábria, Espanha, que remonta ao século VII, quando um conjunto de grutas da região foi apropriado e habitado – e uma delas adaptada a local de culto.

Segue-se a igreja de Saint Denis, em Hauts-de-France (na região de Pas de Calais), em processo de degradação acelerado por falta de fiéis e de fundos.

Outro dos candidatos situa-se em Veneza:_o Ca Zenobio, um palácio do século XVII que é considerado uma joia da arquitetura barroca. Curiosamente, já em 2016 a Europa Nostra havia alertado para o risco existente na laguna de Veneza, o que não evitou que as cheias do ano passado tivessem consequências catastróficas.

Não muito longe, em Verona, situa-se o Giardino Giusti. Plantado em 1580, para servir o palácio com o mesmo nome, é um dos melhores exemplos de um jardim renascentista.

A pandemia também está a fazer estragos: na Áustria, a crise abrupta na indústria do turismo põe em risco a ferrovia com cremalheira mais antiga do mundo, com mecanismos datados de 1889, na região do Tirol.

A lista dos doze candidatos fica completa com um teatro em Sofia, Bulgária; um cemitério na Croácia, uma fortaleza na Georgia, um espaço verde em Colónia, Alemanha, cinco ilhas do Egeu, um mosteiro no Kosovo e uma estação de correios em Skopje, Macedónia.