Aviso no CDS. Autárquicas são teste à sobrevivência

Para o antigo vice-presidente do CDS Adolfo Mesquita Nunes, o ideal é a direita não depender do Chega para vir a ser poder. 

 Mesquita Nunes

O antigo vice-presidente do CDS Adolfo Mesquita Nunes considerou, numa entrevista ao Polígrafo/SIC concedida na segunda-feira, que as eleições autárquicas de outubro de 2021 “são um teste à sobrevivência do CDS”. O ex-dirigente assumiu a sua oposição à estratégia seguida pelo atual líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, no último conselho nacional. Contudo, Mesquita Nunes defende que o atual presidente centrista se deve manter no cargo. A opinião é partilhada por outros opositores a Rodrigues dos Santos. 

O papel do Chega

Para Adolfo Mesquita Nunes, o ideal é a direita não depender do Chega para vir a ser poder. Mas deixou a solução para o problema. Cabe ao Chega decidir se quer viabilizar um governo de esquerda ou de direita no futuro, caso a questão se coloque:

“Se os deputados do Chega forem essenciais para formar uma maioria, a única coisa com que o Chega tem de ser confrontado é: quer viabilizar o Governo da esquerda ou o da direita? Mais nada. E se o Chega quiser viabilizar o Governo da esquerda, desaparecerá poucos dias depois”.

De realçar que Adolfo Mesquita Nunes chegou a ser apontado (por elementos da Iniciativa Liberal) como potencial candidato presidencial. O próprio defendeu que o CDS deveria ter apresentado uma candidatura às presidenciais, ou então, ter declarado mais cedo o apoio a Marcelo Rebelo de Sousa.