UE pede libertação imediata da jornalista Zhang Zhan

A jornalista independente Zhang Zhan noticiou o começo do surto da covid-19 em Wuhan e foi presa pelas autoridades chinesas. A União Europeia pede com a máxima urgência a “libertação imediata”.

O porta-voz do Alto Representante da União Eurpeia (UE) para a Política Externa, Peter Stano, reforçou no comunicado que "as restrições à liberdade de expressão, acesso à informação, intimidação e vigilância de jornalistas, assim como detenções, julgamentos e condenações de defensores dos direitos humanos, advogados e intelectuais na China estão a crescer e continuam a ser fonte de grande preocupação" para a União Europeia.

O caso de Zhang Zhan é único por ser o da primeira jornalista a ser condenada por um tribunal chinês a uma pena de prisão. Nesta segunda-feira, a jornalista recebeu a sua sentença e terá de passar quatro anos na prisão por “causar distúrbios e provocar problemas”.

De acordo com Peter Stano, a jornalista “foi sujeita a tortura e maus-tratos durante a sua detenção e o seu estado de saúde deteriorou-se seriamente”, sendo necessário receber “assistência médica adequada”.

O porta-voz da Política Externa da UE ainda evidencia a recente condenação do advogado de direitos humanos Yu Wensheng no comunicado, que não teve a possibilidade de apresentar uma declaração de defesa pelos seus advogados como está descrito na lei.

Assim, a UE exige à China “a libertação imediata de Zhang Zhan, de Yu Wensheng e de outros defensores dos direitos humanos detidos e condenados”.

A jornalista independente foi condenada devido à publicação de várias noticias a reportar o início do surto da covid-19 em Wuhan e ainda publicou artigos onde explicava o modo de prevenção contra o vírus e os devidos tratamentos.