Desemprego. Jovens e precários mais afetados

No total, o BCE dá conta que “havia menos 5,2 milhões de pessoas empregadas no segundo trimestre de 2020 que no final de 2019, uma queda de 3,2%”.

A queda do emprego na zona euro observada até final do primeiro semestre do ano passado, foi maior nos trabalhadores com vínculos mais precários, nos mais jovens e menos instruídos, segundo o Banco Central Europeu (BCE). Já o emprego dos “trabalhadores com um alto nível de educação não foi praticamente afetado pela pandemia”.

Por tipo de emprego, os trabalhadores temporários viram o seu emprego reduzido em quase 18%, ao passo que os trabalhadores por conta de outrem o viram reduzido em 4% e os trabalhadores por conta própria viram-no baixar menos de 1%.

No total, o BCE dá conta que "havia menos 5,2 milhões de pessoas empregadas no segundo trimestre de 2020 que no final de 2019, uma queda de 3,2%".

"O declínio no número de pessoas empregadas na primeira metade de 2020 corresponde a cerca de 44% do aumento no número de pessoas empregadas desde o segundo trimestre de 2013", pode ler-se no documento hoje conhecido.

De acordo com o documento, "no segundo trimestre de 2020, o mais afetado pelas medidas de contenção, o total de horas trabalhadas declinou 16,8% e a média de horas trabalhadas 14,3% em termos anuais".

O BCE dá também conta que a reação da taxa de desemprego à quebra de atividade foi menos pronunciada que a do emprego e o total de horas trabalhadas, com o desemprego da zona euro "a cair só 1,2 pontos percentuais para 8,4%, apesar da grande queda do emprego", muito devido aos sistemas de manutenção de emprego, como o 'lay-off', que não conta para a taxa de desemprego.

No entanto, a menor reação da taxa de desemprego comparativamente, por exemplo, aos Estados Unidos (onde o 'lay-off' conta para a taxa), deve-se também ao alto número de trabalhadores que transitaram para a inatividade, resultando em contrações agudas na participação na força de trabalho", segundo o documento.