O grupo Michelin anunciou que vai cortar até 2300 postos de trabalho em França, sem saídas forçadas, como parte de um “plano de simplificação e competitividade”. O grupo já cortou quase 1500 empregos desde 2017 como parte da sua reorganização, em particular na sua sede histórica em Clermont-Ferrand e nos Estados Unidos. Também já fechou algumas fábricas.
Em 2024, "quase 60% das saídas previstas serão por reforma antecipada e o resto serão saídas voluntárias", explicou a Michelin em comunicado.
De Clermont-Ferrand a Epinal via Troyes, esta nova reorganização diz respeito a "todos os centros franceses do grupo", disse à AFP Florent Menegaux, presidente do grupo Clermont-Ferrand.
"A Michelin está empenhada em recriar tantos empregos quantos forem eliminados", acrescentou.
O número de saídas em cada centro será especificado nos próximos meses.
A direção do grupo deseja abrir "rapidamente" negociações com os sindicatos em torno de um "acordo-quadro por um período de três anos".
Nos últimos 10 anos, o grupo tem enfrentado "profundas mudanças estruturais no mercado mundial de pneus, marcadas em particular pela chegada massiva de produtos de baixo custo".