Vice-presidente Mike Pence vira costas a Trump e abre guerra nos últimos dias do mandato

Pence tomou a decisão de seguir o seu “juramento de apoiar e defender a Constituição” em vez de protestar o resultado das eleições. Trump diz que Pence “não teve coragem para fazer o que deveria ser feito” para proteger o seu país. Depois da invasão dos apoiantes de Trump no Capitólio, foi decretado um recolher obrigatório na cidade…

A duas semanas de Joe Biden subir ao poder dos EUA, Donald Trump tem pressionado cada vez mais o vice-presidente, Mike Pence,  para que não permitisse a validação das eleições presidenciais na reunião do Congresso norte-americano desta quarta-feira, na qual Pence é o respetivo Presidente do Senado.

“Se Mike Pence fizer o que está certo, iremos ganhar as eleições", disse Trump na rede social Twitter. "Nunca iremos desistir. Nunca iremos ceder", garantiu.

Minutos antes de presidir a sessão conjunta do Congresso para contar os votos das presidenciais, Mike Pence afirmou,  em comunicado: “O meu julgamento ponderado passa pelo facto de o meu juramento de apoiar e defender a Constituição me impedir de reivindicar autoridade unilateral para determinar quais os votos eleitorais que devem ser contados e quais os que não devem", lê-se,

Nota que levou Trump a perceber a intenção de Pence. A resposta do Presidente cessante estampou-se no Twitter: “Mike Pence não teve coragem para fazer o que deveria ser feito para proteger o nosso país e a nossa Constituição, de dar aos estados a oportunidade de certificar um conjunto corrigido de factos, e não os fraudulentos ou imprecisos que lhes tinham sido pedidos antes para certificarem".

Neste momento, foi decretado recolher obrigatório em Washington depois da invasão dos apoiantes de Trump ao Capitólio, onde estava a decorrer a sessão de certificação dos votos.