PM acusa três sociais-democratas de estarem envolvidos numa campanha contra Portugal

Costa defende que ministra da Justiça agiu “bem” na escolha de José Guerra e considera que caso “não tem a menor relevância”.

O primeiro-ministro acusou, esta quinta-feira, Paulo Rangel, Miguel Poiares Maduro e Ricardo Batista Leite, do PSD, de estarem envolvidos numa campanha para denegrir a imagem externa do país durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

Em causa está a polémica com o procurador europeu José Guerra e a estratégia de combate à covid-19 do Governo. O eurodeputado do PSD Paulo Rangel, o antigo ministro Miguel Poiares Maduro e, "numa outra frente, essa sanitária", o deputado social-democrata Ricardo Batista Leite "lideram uma campanha internacional contra Portugal", disse António Costa na conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, depois de questionado sobre a polémica do procurador europeu José Guerra e sobre o comportamento da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, no processo.

O líder do Governo reiterou que o caso de José Guerra "não tem a menor relevância" política. "As tentativas de alguns de pretenderem transformar a presidência portuguesa num palco de oposição ao Governo português é um precedente gravíssimo, o qual nós não toleraremos minimamente. Estamos totalmente de consciência tranquila", acrescentou.

Para Costa, Francisca Van Dunem podia ter feito aquilo que a lei lhe permite e ter nomeado "quem bem entendesse", e assim esta polémica não teria existido. O primeiro-ministro afirmou mesmo que a ministra tinha agido “bem" no processo de escolha do procurador europeu.

"Mas quem anda a utilizar a presidência portuguesa para fazer campanha contra Portugal abre um precedente gravíssimo e não terá da nossa parte a menor complacência. Disse aqui os nomes [Paulo Rangel, Poiares Maduro e Ricardo Batista Leite] porque sei bem quem anda a organizar esta campanha internacional", completou.