Pilotos anunciam que TAP mostrou abertura para negociação coletiva

Numa mensagem enviada aos associados, divulgada pela Lusa, o SPAC informou que se reunião com responsáveis da TAP e do Governo e que “a troca de impressões passou rapidamente para a possibilidade de haver contratação coletiva de emergência” e também uma “definição futura de condições de trabalho”

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) revelou esta quinta-feira que a administração da TAP mostrou "abertura para a negociação coletiva" depois de uma reunião entre as partes, que serviu para discutir o plano de reestruturação.

Numa mensagem enviada aos associados, divulgada pela Lusa, o SPAC informa que "a troca de impressões passou rapidamente para a possibilidade de haver contratação coletiva de emergência” e também uma "definição futura de condições de trabalho".

"A TAP mostrou abertura para a negociação coletiva e o SPAC enunciou os objetivos dessa negociação, que passam por evitar despedimentos, bem como ajustar o trabalho dos pilotos às necessidades da empresa, com vista a reduzir os custos operacionais da TAP, com efeitos imediatos", lê-se na nota.

Para o SPAC, a reunião – onde marcaram presença o presidente da TAP, Miguel Frasquilho, o presidente da comissão executiva, Ramiro Sequeira, o secretário de Estado Adjunto das Comunicações, Hugo Santos Mendes, e ainda um adjunto do ministro das Infraestruturas – "marca uma nova etapa para a intervenção do SPAC no processo de reestruturação da TAP".

De acordo com a mesma nota, está marcada uma reunião de conciliação na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para o dia 13 de janeiro para debater este processo.

Recorde-se que a TAP havia comunicado aos trabalhadores que iria iniciar esta quinta-feira uma ronda de negociações com os sindicatos, sinalizando estar para breve a publicação da declaração da empresa em situação económica difícil, um passo “essencial” no processo de reestruturação.

Com estes encontros, os responsáveis da companhia apostam “num clima de paz e serenidade sociais” e que possam ser “construídas soluções de curto, médio e longo prazo, que contribuam para a sustentabilidade do grupo TAP”. “Estamos convencidos de que o plano de reestruturação apresentado, que agora, com o envolvimento da Comissão de Trabalhadores e dos Sindicatos, deverá ter uma definição concreta e o correspondente plano de implementação, permitirá o gradual e progressivo reequilíbrio económico-financeiro do grupo TAP e, dessa forma, assegurará a sua sobrevivência sustentável”, referem.