Marcelo exclui adiamento das eleições numa conversa descontraída com Vitorino Silva

Foi um debate sereno, mas com algumas revelações. Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que a sua intenção era cumprir apenas um mandato, mas a pandemia mudou tudo. Garantiu ainda que alertou os partidos de que seria necessária uma revisão constitucional para adiar as presidenciais.

O debate entre Marcelo Rebelo de Sousa e Vitorino Silva acabou por ser uma conversa descontraída.

Os dois candidatos já se tinham encontrado há cinco anos e o atual Presidente da República começou por dizer que tinha “recordações muito boas” desse encontro. Vitorino Silva, conhecido como Tino de Rans, tratou o adversário como “o meu amigo Marcelo” e admitiu que “as pessoas gostam dele”.

Curiosamente, o debate acabou por trazer algumas novidades. Marcelo Rebelo de Sousa revelou que confrontou os partidos políticos com a possibilidade de adiar as eleições devido à pandemia, mas “a resposta foi unânime: não deve ser adiada a eleição”.

Marcelo explicou que colocou a questão aos partidos, antes de marcar as eleições, porque para adiar as presidenciais era preciso rever a Constituição da República. “Neste momento encontramo-nos numa situação em que não vejo muito fácil que a revisão constitucional seja feita em tempo útil”.

Marcelo aproveitou ainda para revelar que a sua intenção era cumprir apenas um mandato, mas a pandemia alterou os seus planos. Depois de Vitorino Silva sugerir que o segundo mandato será diferente, o atual Presidente e recandidato garantiu que a sua “intenção não era fazer os dez anos”, mas “a pandemia foi um fator determinante”.

O debate terminou com Vitorino Silva, que nas últimas presidenciais conseguiu 3,28% dos votos, a desafiar o adversário para fazer campanha na avenida principal de Penafiel. “Você vai pela direita e eu vou pela esquerda”. Marcelo corrigiu: “A subir, porque a descer vou eu pela esquerda e o Vitorino pela direita”.