Governo diz que é falso que se tenha desperdiçado a sexta dose de cada frasco de vacinas

“A prática generalizada dos postos de vacinação tem sido a utilização da 6.ª dose, cumpridas que sejam as condições exigidas”, garante Ministério da Saúde.

O ministério tutelado por Marta Temido já reagiu à notícia que dava conta de que Portugal tinha desperdiçado cerca de seis mil doses das vacinas da Pfizer/BioNTech, estando em causa a administração da sexta dose de cada frasco do fármaco.

“É, portanto, falso que Portugal tenha desperdiçado a 6.ª dose, conforme o Expresso noticia. Ainda assim, importa afirmar que a utilização da 6.ª dose cumpriu com todas as regras de segurança e qualidade aplicáveis à reconstituição e administração de fórmulas medicamentosas”, garante o ministério da Saúde em comunicado.

A tutela sublinha que “a prática generalizada dos postos de vacinação tem sido a utilização da 6.ª dose, cumpridas que sejam as condições exigidas”.

No comunicado, o ministério lembra ainda que a possibilidade de extrair seis doses foi confirmada pelo Infarmed, permitindo a administração de 6 doses por frasco, “desde que fosse sempre verificado e assegurado o volume de 0,3 ml previamente a cada administração” e que as doses “devem ser retiradas em condições assépticas e utilizando agulhas e seringas apropriadas”.

“Esta orientação foi dada no contexto da discussão em curso, no âmbito da rede, integrada pelo INFARMED, de autoridades reguladoras do medicamento da União Europeia e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), tendo a empresa titular de Autorização de Introdução no Mercado submetido formalmente o pedido de alteração da extração do número de doses por frasco, cuja avaliação será hoje concluída e que será objeto de comunicação posterior”, esclarece ainda o ministério, adiantando que “esta atualização irá, subsequentemente, ser refletida na Norma da DGS, elaborada de acordo com o Resumo das Características do Medicamento (RCM)”.