Rio apoia “confinamento muito mais apertado” e “semelhante ao de abril”

Líder do PSD esteve reunido com António Costa.

Rui Rio revelou, esta sexta-feira, que está a ser ponderado um confinamento “muito mais apertado” e semelhante ao que se viveu em abril do ano passado no país.

À saída de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, que está a ouvir os partidos, em São Bento, sobre as possíveis medidas a adotar para travar a covid-19, o líder do PSD começou por dizer que concorda com a “travagem de contactos entre as pessoas”, caso os números continuem tão elevados como até agora, e, por isso, "teremos provavelmente no país um confinamento muito mais apertado na próxima semana, aquando da declaração do novo estado de emergência". Rio frisou ainda que o PSD está “disponível para suportar medidas que defendem a saúde pública”.

Sobre o facto de o Governo ter manifestado a intenção de manter as escolas em funcionamento, o social-democrata referiu que serão os especialistas a explicar esta decisão, na reunião que irá decorrer no Infarmed na próxima semana, mas admitiu que tem dificuldades em entender como é que com as escolas abertas se irão diminuir os contactos.

Foi então que o líder do PSD revelou que está a ser planeado um confinamento muito semelhante ao que vigorou em Portugal em abril, uma hipótese já levantada por António Costa ontem. Depois de ser questionado sobre as medidas concretas a ser tomadas, Rio apontou para "o modelo que vigorou em Portugal em Abril e há de ser qualquer coisa semelhante, tendo em atenção as competências adquiridas, mas é pouca coisa, estamos a falar de um confinamento desse género". 

O líder do PSD não deixou de destacar que um confinamento rígido voltará a ter um grande impacto na economia. Contudo, lembra que a situação epidemiológica no país “é muito grave”.

Rui Rio confirmou ainda que foi questionado por António Costa sobre a possibilidade de apertar as medidas ainda antes dia dia 15, data em que terá início o próximo estado de emergência, e que o PSD  não colocou obstáculos a essa decisão. 

“Se as medidas tiverem de entrar mais cedo, se o estado de emergência tiver de ser ajustado mais cedo apoiamos”, disse Rio, apelando aos portugueses que tenham consciência da gravidade da situação.